A Ilha do Campeche situa-se em frente ao Pontal de mesmo nome, adjacente ao Município de Florianópolis, numa área de 381.648 metros.
Possui forma alongada, com uma reentrância à oeste, que se tornou o ancoradouro perfeito para escunas e embarcações de porte comum. Ao longo dessa reentrância, encontra-se uma praia das mais convidativas. Toda a paisagem de Mata Atlântica que cerca o ancoradouro e a praia impressiona, sobremaneira, o turista que ali aporta. Já foram cadastradas mais de 137 espécies, pertencentes a 57 famílias vegetais.
A Ilha contém a maior quantidade de inscrições rupestres do litoral sul do Brasil, 53% do que se conhece em toda a Ilha de Santa Catarina. Foram encontradas, também, oficinas líticas, onde se produziam, afiavam e poliam instrumentos de pedra.
A noroeste da Ilha de Santa Catarina, na região da Baía de São Miguel, localiza-se a Ilha Ratones, formada por duas ilhotas, a Ratones Grande e a Ratones Pequeno. Essas ilhotas, estão posicionadas em linha, uma atrás da outra, e são altas, alongadas, afiladas no extremo sul, distando 30 braças uma da outra. A Ratones Grande é mais ampla e elevada que a Ratones Pequeno, possui 600 metros de extensão, é recoberta de vegetação e tem na sua parte setentrional um pequeno porto.
Na encosta deste porto, foi construída no século XVIII, a Fortaleza de Santo Antonio. Esta Fortaleza tinha por finalidade guardar a entrada da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina. Tombada pela União em 1938 e restaurada em 1991, recebe muitos visitantes do Brasil e de outros países.
A Ratones Pequeno possui 400 metros de extensão, é também alta, alongada e recoberta de vegetação e, como a Ratones Grande, traz em suas elevações a forma de ratos, daí o seu nome "Ratones" em castelhano. Essas ilhas sempre foram visitadas por sua boa água, pela madeira de qualidade e por suas terras férteis.
A Fortaleza de Santo Antonio de Ratones está situada na parte setentrional da Ilha Ratones Grande, localizada na face nordeste da Ilha de Santa Catarina. Foi edificada com duas baterias de canhões, com a finalidade de guardar a entrada norte da Ilha de Santa Catarina, num sistema triangular de cruzamento de fogos, entre esta Fortaleza e a Fortaleza de Anhatomirim e de São José da Ponta Grossa. Os canhões das Fortalezas disparavam seus tiros nas embarcações que entravam pelo canal. O desembarque só era autorizado depois de severa vistoria e com a anuência do Governador.
A Fortaleza de Ratones tem como edifícios, a Casa do Comandante, o Quartel da Tropa, a Casa dos Oficiais, o Paiol de Pólvora (ruínas), a Casa da Palamenta, a Casa da Guarda, a Cozinha da Tropa (ruínas), a Casa da Farinha e a Fonte.
No século XIX as Fortalezas já haviam perdido sua função militar e passaram a abrigar centros sanitários, servindo como local de isolamento e quarentena nos surtos de epidemia que assolavam a Vila de Desterro, atual Florianópolis.
Em 1938 a Fortaleza de Santo Antonio de Ratones foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e em 1991 suas várias edificações foram restauradas e a Universidade Federal de Santa Catarina passou a gerir a Fortaleza, tornando-a um atrativo turístico dos mais belos e singulares.
Localizada na Ilha de Anhatomirim, na entrada da Baía Norte, no Município de Governador Celso Ramos, a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim foi a principal fortificação do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina. Construída entre 1739 e 1744, suas edificações perfaziam um total de 2.678 m2 de área construída, abrigando em torno de 60 canhões.
No século XVIII, Anhatomirim tinha como função principal, controlar o movimento de entrada e saída das embarcações nas baías da Ilha de Santa Catarina. Já no século XIX, a Fortaleza de Santa Cruz abrigava um posto de isolamento ou de quarentena quando certas epidemias se alastravam pela região. A Marinha chegou a possuir uma Enfermaria Militar na ilha para atender aos seus militares.
A Fortaleza também serviu como prisão federal e dezenas de ilhéus foram fuzilados e mortos, principalmente no episódio da Revolução Federalista (1893/94) no governo do Marechal Floriano Peixoto.
A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938 e restaurada na década de 1980 quando passou à guarda e manutenção da Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente, sedia estação de aq icultura, oceanografia, exposições culturais e artísticas.
Construída em 1740, com a função de defender a Barra Norte da Ilha de Santa Catarina, juntamente com a Fortaleza de Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antonio, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa possuía no século XVIII, três baterias de canhões armadas com 31 peças de artilharia. Essas três Fortalezas controlavam as embarcações que chegavam ao litoral catarinense, que ficava a meio caminho entre o porto do Rio de Janeiro (Vice-reino) e a Colônia do Santíssimo Sacramento no Rio da Prata.
A Fortaleza de São José localiza-se em posição privilegiada, com excelente visão da Baía Norte, estando numa ponta entre as praias de Jurerê e do Pontal. Sua arquitetura é rica em elementos construtivos, distribuídos em três terraplanos escalonados. É a única fortaleza em que a Capela permanece entre os demais prédios. A 200 metros a leste da Fortaleza de São José foi construída em 1765 a Bateria de São Caetano, com 6 canhões, visando guarnecer a Praia de Jurerê e de Canasvieiras que se achavam desprotegidas.
A Bateria de São Caetano e a Fortaleza de São José da Ponta Grossa formam um dos mais belos cenários paisagísticos da Ilha de Santa Catarina. A Fortaleza foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, restaurada em 1992 quando passou a ter sua gestão sob a direção da Universidade Federal de Santa Catarina.
A Fortaleza de São José está sediada na Praia do Forte, no Distrito de Canasvieiras ao norte da Ilha de Santa Catarina e distante 25 km do Centro da Cidade de Florianópolis.
A história nos conta que os piratas sempre tentaram tomar Florianópolis de assalto. Assim, para evitar a passagem desses piratas pelo canal do Estreito (região continental) e proteger a Vila de Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis) é que por volta de 1786 se construiu o Forte de Santa Bárbara.
Originalmente edificado numa ilhota rochosa próximo à praia, no início do século XX, os aterros da Baía Sul envolveram essa ilhota, ligando-a a Ilha de Santa Catarina.
O Forte de Santa Bárbara abrigou por tempos a Capitania dos Portos. Atualmente é sede da Fundação Cultural Franklin Cascaes (órgão municipal de cultura) que promove diversas exposições no local.
Pitoresco e muito aconchegante, é simplesmente delicioso recostar num dos canhões do forte Santana e apreciar a sensacional paisagem das Baías Norte e Sul e do continente fronteiriço.
Estando no forte pode-se apreciar também a ponte Hercílio Luz e de uma forma diferenciada, pois o forte encontra-se próximo à cabeceira insular da ponte. Ao ser construído entre os anos de 1761 e 1765 tinha como objetivo trocar fogos com o Forte São João que existia na outra margem.
Restaurado e muito bem conservado o Forte Santana espera sua visita. Ao lado do forte pode-se visitar o Museu de Armas 'Major Antonio de Lara Ribas'.